Ok… Você já tem as passagens aéreas para as férias dos sonhos, determinou o roteiro por onde passar, decidiu onde ficar para dormir, mas já definiu o quanto em dinheiro levar para fazer frente as despesas do dia a dia na jornada?  Ainda não?  Neste caso não se desespere, pois este é um dos tópicos que mais atormentam os viajantes.

Quando viajamos para um lugar desconhecido, as despesas do cotidiano no país que se visita também são uma incógnita para nós. Custos como alimentação, transporte e deslocamentos, entrada nas atrações são atributos distintos de país para país e nosso único referencial de “caro e barato” é a similaridade de o quanto pagamos por eles no Brasil.

A decisão de quanto levar é pessoal, pois leva em conta e depende muito do perfil do viajante bem como de sua disponibilidade financeira. Abordo o perfil de viajantes em um artigo sobre Backpakers e Flashpakers publicado no Blog no dia 01 de julho. Veja aqui.

Portanto, a melhor forma de determinar o orçamento de uma viagem a ser realizada (previsão de gastos – o quanto de dinheiro) é fazer um bom controle das despesas das jornadas que você já fez e utilizar esta informação, ponderando algumas características das despesas regionais, nos lugares que irá visitar na próxima.

Mas como fazer isto?…

• Não é neurose, mas a primeira jornada é a mais difícil pelo empenho a ser dedicado. Sendo a primeira, o seu orçamento deverá seu um pouco “gordo”, pois você ainda não terá uma viagem de referência. Nesta, você poderá se apoiar para o orçamento com amigos viajantes e informações na web. Você com certeza retornará da jornada com um saldo positivo mais elevado, quer seja utilizando cartões ou dinheiro em espécie;
• Lembre de um fator importante que muitos viajantes não se dão conta. Enquanto você estiver viajando, o custo dos insumos que você vai deixar de consumir na sua casa amortecem o valor que você vai gastar lá fora. Alimentação, energia, transporte são exemplos destes insumos e, em alguns casos, são até mais baratos no exterior do que na cidade do seu domicílio, portanto aproveite a jornada sem culpa. Não seja mesquinho com você mesmo na estimativa;
• Anote todos os valores que gastar pelo caminho, apontado a que item de custo se refere. Não deixe nada de fora, nem o cafezinho. Os principais itens são alimentação, seguros, hospedagem, transporte, lembranças, bilhetes de atrações ou outras que julgar conveniente ou de acordo com seu perfil de consumo. Seja bem específico, pois terá a condição de analisar onde a viagem foi “cara” ou onde você gastou errado;
• Uma ótima referência para valores de alimentação quando você viaja é informar-se do preço do hambúrguer no McDonald’s no país que está visitando. Não é necessário comer lá, mas o “Big Mac”, por exemplo, tem um padrão mundial de elaboração (com poucas variações) e está presente em mais de 120 países (segundo eles).  Portanto, uma comparação simples entre os valores praticados pela rede de fast-food nos lugares por onde você passa é uma maneira de comparar também (com alguma atenção) os valores praticados entre os restaurantes de níveis semelhantes;
• No retorno da viagem, faça a contabilidade da jornada somando por item todos os gastos efetuados. Uma planilha eletrônica facilita muito este somatório. Tenha também o valor total desembolsado;
• Bem ou mal a moeda americana é considerada o referencial monetário para o mundo, portanto converta estas informações da moeda que você utilizou para dólares;
• Dividindo os valores encontrados pelo número de dias de jornada e pelo número de viajantes que a efetuaram (cônjuges e filhos, por exemplo), você terá um número mágico, dado importante para base de sua próxima viagem, ou seja, quantos dólares você gastou por dia por pessoa durante suas férias;
• Evidentemente que esta informação deverá ser utilizada somente como um referencial para seu próximo sonho pois com certeza não serão exatamente iguais para as viagens subsequentes apesar de serem bem aproximados. A medida que suas viagens vão acontecendo, este número vai se refinando e se tornando mais real. Tendo como número mágico os países do oeste Europeu (França, Holanda, Bélgica…) para o leste da Europa, por exemplo, considere entre 10% a 15% a menos no número mágico para cada dia de jornada. Para localidades da África, 20 a 25%. Vá formando sua base de dados com base no seu real perfil de viajante.