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Dinheiro em viagem – dúvida cruel

Dinheiro e câmbio… Dúvidas implacáveis. O dinheiro disponibilizado em viagem está entre os assuntos que mais preocupam e assombram os viajantes. Qual a melhor forma de pagar despesas lá fora? Que moeda levar?

Há várias maneiras de bancar suas despesas nas jornadas e não um há formato ideal que seja único, entretanto destaco os mais usuais com suas vantagens e desvantagens e dou algumas dicas.

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Dúvida Cruel

Dinheiro em Espécie: rápido e direto – comprou/pagou

  • Vantagens:
  • O imposto IOF sobre operações de compra de moeda estrangeira é de 1,1%, bem menor que o praticado por cartões de crédito e débito;
  • Após a compra da moeda estrangeira, você não ficará mais sujeito as flutuações cambiais do mercado;
  • Desvantagens:
  • Cuidados redobrados com guarda, segurança e manuseio nas operações de compras no destino;
  • O planejamento financeiro da viagem deverá ser mais minucioso objetivando não ser penalizado com o câmbio no retorno da viagem devido a sobras;
  • Dicas:
  • Bem ou mal a moeda americana é considerada o referencial monetário para o mundo, portanto não se desespere se o valor do dólar está subindo ou se iluda se o valor está caindo no Brasil pois provavelmente, salvo percalços financeiros, também estará subindo ou caindo para conversão nos países destino da sua viagem;
  • Tenha em mente a diferença entre as cotações de compra e venda das moedas que irá necessitar. As moedas fortes como dólar, euro e libra por exemplo, flutuam em patamares de 10%. Já as moedas consideradas fracas esta diferença poderá superar 20% – acontece diferenças até maiores dependendo do país – e você com certeza irá perder na conversão necessária quando do retorno da viagem.
  • Nos países onde a moeda é considerada moeda fraca tais como no Leste Europeu ou Centro América, além da difícil obtenção, esta diferença elevada entre compra e venda é visível, portanto evite a compra delas no Brasil. Mesmo necessitando de duas conversões (uma no Brasil e outra no destino) você perde menos que comprando antes da viagem, portanto, troque no país que você irá visitar;
  • Em países considerados de moeda forte tais como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido ou lugares da zona do Euro entre outros, efetue a compra ainda no Brasil pois há muita oferta destas nas casas de câmbio e a diferença nas cotações entre compra e venda é pequena. Compre a moeda correspondente ao país que você irá visitar, não leve dólares para Europa nem euros para os Estados Unidos pois você terá que assumir dois deságios, um aqui e outro lá fora. Outras moedas menos encontradas nas casas de câmbio que podem seguir o mesmo raciocínio por serem consideradas fortes são o dólar australiano, o franco suíço e o yen japonês;
  • Nos países considerados de moeda fraca, informe-se sobre a moeda mais favorável para o câmbio no país de destino. Cuba é um exemplo clássico. Se você levar dólares para permuta por Cucs, poderá perder em torno de 30% na conversão considerando a opção por euros. A ilha de Fidel ainda não restabeleceu uma boa relação diplomática com o Tio Sam. Alguns países da África, o dólar tem um deságio bem menor que em euros. Portanto pesquise;
  • Para os países do Mercosul, dê preferência e leve dólares. Mas lembre que no Uruguai, o governo oferece um desconto de 18,5% no IVA em bares e restaurantes nas despesas pagas utilizado o cartão de crédito, o que compensa o IOF de 6,38%;
  • Procure comprar a moeda necessária para viagem aos poucos. Ninguém tem “bola de cristal” para prever as flutuações do mercado. Na média do período você não perde. Veja no gráfico a evolução das principais moedas durante o período de 2014-2016;
  • A “pegadinha” para qualquer turista desavisado é efetuar o câmbio nos quiosques localizado nos desembarques dos aeroportos. Evite, pois a cotação nunca favorece. Se necessário troque somente o necessário para o deslocamento. Fuja também do balcão de recepção dos hotéis. Se possível, procure uma casa de câmbio fora do eixo turístico da cidade ou bancos oficiais;
  • Leve com você 50% do dinheiro em espécie destinado a viagem em notas pequenas. Não há nada pior que tentar pagar um croissant de 2 euros com uma nota de 100. Como regra geral, compras cujo troco represente até 60% do custo são bem aceitas por comerciantes. Se possível leve algumas moedas pois serão necessárias para aquisição de bilhetes de transporte público na chegada ao destino. Na Europa o uso maciço de moedas fará parte do seu dia a dia, deste modo uma niqueleira será extremamente útil;
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Niqueleira

Cartões de Crédito: cômodo e seguro – algumas vantagens

  • Vantagens:
  • O cambio utilizado pelas operadoras quando do pagamento das faturas do cartão é o oficial, com cotações mais baixas que o paralelo / turismo;
  • Possibilidade de acumular pontos em programas das operadoras dos cartões;
  • Desvantagens:
  • O imposto IOF sobre as operações com uso de cartão é de 6,38%, bem mais alto que o praticado pelo câmbio em espécie;
  • Está sujeito as flutuações cambiais até a data do pagamento da fatura;
  • Estimula as compras e os gastos se você não tiver certo controle;
  • Dicas:
  • Verifique quais as bandeiras do cartão são mais aceitas no país na qual você pretende viajar. As bandeiras VISA e MASTER são amplamente aceitas na Europa. Apesar do American Express não ser muito popular no Brasil e na Europa, é bem difundido nos Estados Unidos;
  • Atente que para utilização de cartões de crédito no exterior, a critério da operadora, você deverá comunicar antecipadamente o período ausente no exterior bem como os países que irá percorrer sob pena de bloqueio para uso;
  • Cuide para que o seu cartão habilitado para utilização no exterior tenha a chancela “internacional” por parte da operadora;
  • Mesmo não saldando suas compras com o cartão de crédito, leve-o com você pois é indispensável quando da locação de automóveis, garantia em caução de diárias em hotéis, compra de bilhetes de teatro além de ser a melhor opção para “emergências”;

Cartões de Débito (Travel Money): cômodo e seguro – poucas vantagens

  • Vantagens:
  • Após o carregamento do cartão, você não ficará mais sujeito as flutuações cambiais do mercado;
  • Possibilidade de carregamento com várias opções de moedas;
  • Desvantagens:
  • O carregamento do cartão é efetuado por um câmbio ligeiramente superior ao paralelo / turismo;
  • O imposto IOF sobre as operações com uso é de 6,38%, como nos cartões de crédito;
  • Em alguns locais ou atrações o pagamento com este tipo de cartão não é aceito;
    • O planejamento financeiro da viagem deverá ser mais minucioso objetivando não ser penalizado com sobras e consequentemente com o câmbio no retorno da viagem;
  • Dicas:
  • Cuidado, você não compra a moeda em um lugar e o cartão no outro. É uma “venda casada”. Não importa a bandeira escolhida, a primeira preocupação é com a taxa de câmbio utilizada pela loja emissora do cartão, pode não valer a pena;

Pondere todas as opções e com estas dicas decida qual a melhor caminho para curtir sua viagem sem preocupações com dinheiro ou câmbio. Boa viagem.

A Revirando Mundo desenvolveu e disponibiliza nas lojas da Apple Store e Google Play, um aplicativo para smatphones destinado a clientes das agências de viagens parceiros da Revirando Mundo que ajudará você a organizar e controlar seus gastos em viagem, veja aqui.

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Câmbio período 2014-2016
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