breaking news New
a-barraca

Tacacá – Vou levar “pedradas”

Experimentar a culinária local nos recantos que se visita é uma atividade indispensável para qualquer turista e que faz parte do cotidiano do viajante.

Os quitutes e as comidas de rua seguem via de regra, receitas populares onde são utilizados os produtos e temperos mais abundantes e acessíveis das localidades a que eles dão origem.

Uma destas iguarias é o Tacacá. Típica da culinária Paraense mas presente em toda região Amazônica. Com origem indígena, deriva de um tipo de sopa de nome mani poi e cada estado da região norte tem características próprias nos adicionais ao Tacacá.

É preparado com um caldo fino e bem temperado com sal, cebola, alho, coentro do norte e principalmente com um caldo amarelado obtido da mandioca chamado tucupi. Coloca-se esse caldo por cima da goma de tapioca e é servida com camarão seco e jambú (erva amazônica que provoca um formigamento nos lábios). Serve-se muito quente em cuias e é temperado com pimenta.

Toma-se o tacacá – não se diz comer, nem beber – levando-se os lábios até a cuia, sorvendo em pequenas quantidades o tucupi , misturado com a goma. Utiliza-se um palitinho de madeira para comer o camarão ou o jambú.

tacaca
tacaca

É habitual consumir-se o tacacá no final da tarde, em via pública, nas tradicionais tacacazeiras. Não é comum servir-se este prato nas refeições principais, é uma “comida de rua”.

Pois bem…, em visita a cidade de Manaus, fui conferir esta iguaria muito apreciada pelo amazonense em uma barraquinha tradicional e popular da cidade no Largo São Sebastião em uma tarde quente de agosto.

Os funcionários do quiosque não poderiam ser mais alegres e foram super atenciosos. As placas de excelência sobre o prato me animaram na escolha. Mas me perdoem os amigos manauaras, sei que vou “levar pedradas“. Apesar de endeusado na Amazônia, para o meu paladar de morador do sul do Brasil é uma sopa quente, grudenta, pegajosa e que te amortece a boca toda. Não consegui sentir o devido sabor pelo efeito anestésico do jambú. Também achei difícil pinçar os camarões secos com o palitinho que acompanham o prato. O pessoal do quiosque, sabendo que vinha do sul, se divertiu comigo e rimos todos da cena. Não consegui terminar a cuia.

Mas é importante provar a culinária local, sentir os gostos e sabores, pois como diz o ditado “turista é turista”.

Me desculpem os conterrâneos do norte do nosso Brasil, mas uma “sopa de capeletti” é muito melhor…….

 

recomendacoes
recomendacoes
a-prova
a-prova
<

Login

Welcome! Login in to your account

Remember me Lost your password?

Lost Password