O acesso a informação é uma das realidades mais impressionante deste nosso século. Basta um aparelhinho do tamanho da palma de nossa mão, um chip ou acesso a uma rede wi-fi e estamos conectados ao mundo.

Nesta era dos smartphones que estão cada vez mais interativos com o usuário, dispomos de uma infinidade de recursos relacionados a turismo tais como mapas, rotas, hospedagem, restaurantes, passagens, dicas de lugares…, que estão todos a disposição ao toque de um dedo.

Mas e aquelas pessoas que avistamos nos recantos turísticos com um guarda-chuva ou uma bandeirinha presa a uma varinha no alto sempre cercada de um grupo de pessoas caminhando para cá e para lá?

Tenho conversado muito com outros viajantes sobre a figura do Guia de Turismo de Atrações que em muitos casos são deixados de lado pelos turistas que consideram desnecessário ou procuram espremer o orçamento de viagem ao máximo sem ponderar os prós e contras de utilizar seus serviços. Portanto, deixo a vocês algumas observações a respeito desta profissão e quando importam ou não em nossas jornadas:

• O que é um Guia de Turismo de Atrações?  É um responsável credenciado por transmitir ao viajante informações importantes sobre o local que se está visitando. Este guia deve ter o conhecimento peculiar e particular da cidade ou das atrações pela qual percorremos. Comumente é um morador do lugar que vivencia o dia a dia de seu povoado e recebe os grupos em locais turísticos específicos;
• O que se busca com este guia? Uma pessoa carismática, que domine bem a história e estórias inerentes daquele lugar. Que envolva e encante o viajante relatando também as tradições, folclores, mitos, lendas ou fatos incomuns do sitio que se visita. Uma dose de humor nos relatos é fundamental pois assimilamos melhor e nos divertimos com a experiência nestas situações;
• Quando contratar um guia? Nos países onde a cultura é similar a do viajante e o acesso a informação é vasto, a figura o Guia de Turismo de Atrações em muitos  casos poderá ser substituída pela consulta a smartphones ou livros impressos de viagens. Além do mais, muitas das atrações nestes países contam com guias eletrônicos em vários idiomas que podem ser retirados na bilheteria destes sítios. Por outro lado países como a Índia ou Nepal com cultura e costumes bem diferentes do nosso, este guia de atrações é extremamente aconselhável. Por exemplo, uma caminhada pelo interior do souk na cidade de Fes no Marrocos é impossível sem auxílio de um guia pois algumas escolhas sem indicação nas compras podem se tornar um desastre bem como a saída da intrincada centena de ruelas tortuosas no coração da Medina que não há mapa que resolva. Locais místicos como Machu Picchu  são melhor aproveitados quando contados sua história por uma destas pessoas conhecedoras do lugar;
• As armadilhas turísticas – Como proceder? Sendo o guia um morador local, muitos deles tem uma forte vinculação com o comércio turístico da sua cidade. O pai, a esposa ou o primo sempre tem um lojinha de souvenirs ou são pagos por comerciantes para levarem turistas a determinadas lojas de roupas ou artesanatos. Se você não conhece o profissionalismo do guia antecipadamente, infelizmente não há como evitar estas armadilhas turísticas. Se o guia deixar de lado alguma atração prevista e propositalmente dirigi-lo a estas lojas, reclame!

Lembre-se, pesquise antes da viagem sobre os lugares da sua jornada. Mapas, cultura local e atrações devem ser levados em conta no seu planejamento e, dependendo do lugar que irá visitar, opte por contratar os serviços de um guia local ou não.